28 de abr. de 2013

Aferição de pressão - trabalhos acima de 2m

Olá;
Eu não sou médica, porém, como profissional da área de Segurança do Trabalho, eu posso falar sobre o assunto, pois isso interfere diretamente no meu trabalho, na hora em que os colaboradores vão trabalhar acima de 2m;

Eu trabalhei um bom tempo em uma empresa Multinacional do segmento automobilístico, e era regra, trabalho acima de 2m, aferição de pressão. E levei comigo esta prática para outras empresas, até me deparar com a pergunta: PORQUE?

Me senti como o senhorzinho que era maquinista, e toda estação ele parava, pegava o martelinho e batia nas rodas do trem, e um dia perguntaram para ele porque ele fazia aquilo, e ele respondeu: Não sei, fazem 30 anos que faço isso.

A pressão da pessoa, altera por diversos motivos. 



 E um engenheiro de Segurança me disse uma coisa que me fez pensar. Bom, na NR 35, pede-se que no ASO venha apto ou inapto para trabalho em altura. Uma vez apto, isso que dizer que os exames necessários da qual foram realizados garantem que a pessoa esta fisicamente apta. O que pode interferir se sim ou não ela trabalhar, é ela mesma.

Porque ela mesma pode dizer, estou ou não bem, para subir acima de 2m, porque estou dizendo isso? Porque na minha visão, aferir a pressão antes de subir para o trabalho, só garante naquele momento, e depois? 

Para quem nunca se envolveu com isso, muitas empresas Multinacionais, pedem que se faça uma aferição de pressão antes desta atividade, mas ela pede uma vez no dia, isso não garante nada, até porque o resto do período de trabalho, oscila.



E se a pessoa não se sente bem, ela pode ir na enfermaria e aferir novamente.

Se você é médico e quiser colocar a sua posição nos comentários, por favor faça, as vezes estou pensando errado sei lá, não tenho compromisso com o erro.



Mas na minha opinião, a aferição de pressão é apenas um "vício", sempre foi feito, vamos fazer, mas não vejo mais fundamento. Para mim é mais funcional, ter um ambulatório na empresa, na obra, do que apenas a aferição de pressão por alguém. 

E olha que tem empresas grandes que EXIGEM que se faça aferição, e pior, para elas não tem problema que seja o Técnico de Segurança, na verdade consultei uma empresa de medicina, e os mesmos me disseram que não existe nenhum lugar escrito quem possa fazer esta aferição ou não (afinal, estes equipamentos são vendidos em farmácias, para qualquer civil), porém, os mesmos me disseram: Aconselhamos que seja feito com um profissional da saúde, pois assim ele pode avaliar a situação e encaminhar a pessoa para o médico ou não.

Enfim, isso é um assunto que pra mim, nem vale a pena discutir mais, manda quem pode, obedece quem tem juízo.







23 comentários:

  1. Aferir a pressão na verdade é só para tirar o Toba do Médico do trabalho que autorizou aquele funcionario trabalhar em alturas.
    caso acontecer uma tragedia, e for o desmaio, tem a aferição da pressão antes da atividade.
    mais como você mesmo disse. que Não adianta NADA. ELa pode ser oscilada.

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  2. Bom dia!!
    A aferição da pressão é uma boa prática, assim como os exames complementares, teste de Romberg e etc...infelizmente, nossa querida NR é muito vaga e subjetiva. Não deixe de aferir da pressão arterial dos colaboradores, ao invés, veja o que pode ser implantado...o ideal mesmo seria o monitoramento antes de cada serviço realizado - ACIMA DE 2M COM RISCO DE QUEDA - Sim, seria ótimo que o manuseio do equipamento fosse realizado por alguém da equipe médica, porém se a pessoa estiver apta e condicionada, não vejo problema em manusear o equipamento...afinal, segundo a NR "qualquer um" também pode elaborar um PPRA desde que este seja apto...

    Henrique Vargas - TST

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  3. Prezada,

    Como voce deixou espaço para discussão, eu na realidade não concordo com sua opinião, pois a prevenção é um dos meios que temos como profissionais da Segurança, trabalho na área eólica e por diversas vezes conseguimos sucesso com os trabalhadores que fizeram aferição de pressão antes de iniciar uma atividade a 100mt de altura. Detectar antes facilita e previne um trabalho a mais, pois já tivemos experiencia de um trabalhador está com um "pré-infarto" no momento da aferição, então alguma experiencia que não foi interessante nas atividades que voce trabalhou não quer dizer que seria tambem para as demais. Abraços!

    Roberto Charles - Fiosioterapeuta e Técnico de Segurança no Trabalho

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    1. kkkk... desculpa mas chega a ser engraçado... imagino que um trabalhador com um pré-infarto não devesse nem estar trabalhando. kkk Sinais e sintomas de infarto não conseguem ser ignorados pela vítima. Interessante esse caso. Mas concordo com o fato da prevenção. Melhor pecarmos pelo excesso que pela falta.

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    2. Desculpe, mas você não sabe que está falando, pois muita das vezes a pessoa que esta enfartando não sabe. Já passei por isso e fiquei mais de 8 horas para saber que eu não tinha nada.

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  4. A aferição de pressão é uma boa prática, que não deve ser descartada. Cabe à empresa tomar as ações necessárias para a manutenção da saúde do trabalhador.

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  5. [...] Cabe ainda mais ao trabalhador cuidar da sua saúde, caso seja constatada alguma anomalia. Ressalta-se que a aferição de pressão não deve ser a única coisa a ser feita, mas deve-se aproveitar a oportunidade de se fazer uma anaminese a respeito das reais condições do trabalhador em executar a atividade.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Na verdade sua opinião é válida minha jovem, mas pense que existe todo um histórico do colaborador e sinceramente aferir a pressão todo mundo tem que saber, porém avaliar o colaborador como um todo é papel da enfermagem e avaliar exames e anamnese é o médico, claro que medidas de promoção da saúde e prevenção nas empresas são feitas e se acontecer alguns eventos que não seja normal, o TST tem que perceber, pois acidentes de trabalho, tecnopatias e mesopatias não podemos impedir, podemos sim prevenir....

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  9. Concordo com algumas colocações porem acho que como TST temos que trabalhar com a prevenção, por isso se pudermos identificar e antecipar aos fatos, poderemos prevenir uma tragédia anunciada, esse não é o dilema dos TST, trabalhe com a prevenção, agora sr: Dr(a), claro que a pressão é ociosa, posso aferir agora e momentos depois ele sobe ou desce, mais imagina na posição de TST, se eu aferir uma pressão e constatar que esta alta ou baixa, vou com certeza excluir naquele momento o trabalhador de dar inicio a tal tarefa no qual o mesmo foi indicado para executar, vou mais alem, já impedi trabalhador de iniciar a tarefa e encaminha-lo ao hospital para exames e constatar abuso no uso de anabolizantes, que nem mesmo o usuário sabia que estava fazendo mal para sua saúde, foi uma atitude simples que naquele momento o alertou de algo estava errado e precisaria de uma ação de correção.

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    1. Caro, você expôs meu grande dilema, Sou TST e tenho equipes que executam atividade com risco de Altura e elétrico na rua, onde tem facilidades e cultura ao uso de álcool e entorpecentes. Por mais que eu tente rastreá-los ou estar em cima contra esta pratica, tem varias equipes em diversos pontos. com a aferição mesmo que pontual seria uma boa maneira, mesmo que de maneira amostral de conter e limitar esta prática, visto que não temos nenhum amparo legal para este diagnóstico. (Se tivermos peço o apoio dos colegas). Assim estou em busca da implantação da pratica de aferir a pressão em meus colaboradores.

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  10. lenildo marques12/27/2015 6:10 AM

    Bom dia a todos

    Aprendi que o problema não está em aferir a pressão e sim interpretar o resultado obtido na aferição, quando se consegue o resultado será que o trabalhador estará apto a executar a atividade? ou do contrario teremos graves problemas a serem tratados.

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  11. Sociedade Brasileira de Hipertensão orienta sobre condições corretas de medição da pressão arterial

    A Sociedade Brasileira de Hipertensão entende que o procedimento de medida de pressão arterial pode ser realizado por profissionais da área de saúde habilitados para tal. Com isso, a Sociedade entende que apesar do procedimento ser simples, existem algumas particularidades que precisam ser respeitadas. É importante que todos os profissionais de saúde tenham conhecimento das técnicas padronizadas para tal procedimento. Os mesmos devem ser treinados e certificados como aptos a fazer tal procedimento e periodicamente reavaliados para confirmar a adequação de como a pressão arterial está sendo avaliada. Da mesma forma, o local onde a medida de pressão será feita deve respeitar algumas exigências. Há necessidade de uma sala separada onde o paciente possa permanecer em repouso por no mínimo de três a cinco minutos e que o ambiente não sofra interferência de sons externos. Não é correto fazer a medida em condições ambientais diferentes da situação exposta acima. Ainda, é importante lembrar que a proposta da aferição não é combater a hipertensão arterial, mas conscientizar, visto que o tratamento, está relacionado a uma atividade médica que implica na prescrição de medicamentos adequados às características de cada indivíduo. Portanto, a Sociedade Brasileira de Hipertensão reitera que não é contrária à medida de pressão na farmácia, desde que, e é importante frisar esse aspecto, o profissional responsável por tal procedimento seja devidamente treinado e certificado. A Sociedade Brasileira de Hipertensão tem disponível material educativo para profissionais da saúde e pode promover treinamento, quando solicitado. Mais informações: www.sbh.org.br Advice Comunicação Corporativa Nathalia Brogiatto / Fernanda Dabori Tel: (11) 5103-2779 sbh@advicecc.com www.advicecc.com

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  12. Bom dia,

    Sou recém formado em TST.

    Vejo muitos profissionais da área criticando negativamente a sua colocação.
    Dizendo que devemos sempre fazer para prevenir, o que é o nosso papel de fato. Nunca remediar o que pode ser prevenido.
    Porém, como foi informado, a pressão pode oscilar por diversos fatores, o que, de fato, tornaria inútil o aferimento.
    Ok, tem que ser feito pra ver se no momento atual a pressão está ok. Mas nada impede que daqui a 10 minutos a situação seja totalmente o inverso do constatado.
    Será que estamos tapando o sol com a peneira?

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  13. A aferição da Pressão é apenas uma boa prática de segurança, algumas empresas tem como procedimento interno a aferição da pressão, porém outras não.
    Porém se a empresa te dá recursos para que isso aconteça, use-a pois prevenção nunca é de mais. E como sou técnica de Segurança entendo que todos os recursos são úteis para nos ajudar a sair de um situação, em caso de um possível acidente.

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  14. Fui suspenso do trabalho por não ter aferido a pressão para executar um trabalho em altura, isso pode acontecer, o que eu devo fazer?

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    1. MEU CARO COLEGA, SOU TST E BOMBEIRO CIVIL, INDEPENDENTE DE A NORMA NÃO EXIGIR A AFERIÇÃO, EXISTEM PROCEDIMENTOS INTERNOS IMPOSTOS PELAS EMPRESAS QUE DEVEM SER CUMPRIDOS. VC TEM QUE FAZER ESSA OBSERVAÇÃO OK.

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  15. Endosso o raciocínio da Suellen, concordo com tudo que foi exooexp por ela.

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  16. Concordo com tudo que foi exposto por ela.

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  17. Exixte um parecer Técnico do COREN respondendo essa questão.PARECER COREN-SP - CT 027/2013.
    La informa que a aferição da pressão arterial deve ser feita por profissional da Saúde (enfermeiro, técnico de enfermagem ou auxiliar de enfermagem.

    Para trabalho em altura, concordo com o dito aqui. A pressão pode oscilar durante o dia. E a melhor recomendação é: caso o colaborador não esteja se sentindo confortável, informar previamente ou suspender a atividade e procurar o ambulatório.
    O fato de mediar a pressão antes nao significa nada, pois a pressão pode alterar quando o colaborador estiver no local elevado.

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  18. Toda NR obriga condições mínimas a serem seguidas. a questão de aferir PA é uma boa prática prevencionista, não uma obrigatoriedade. A SBH diz que "pode ser realizado por profissionais da área de saúde habilitados para tal." O que não compreende função do TST. é função do pessoal da Area Medica - enfermeiras. Simples assim... Quer fazer faça, não quer não faça. Mas se for fazer tem que ser os aptos para tal;

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  19. Boa noite então não é obrigatória medir PA diariamente para trabalhar em altura e espaço confinado?
    Alguém aí sabe onde eu encontro algum documento falando sobre esse assunto?

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